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quarta-feira, 7 de abril de 2010

A DESPEDIDA DO AMOR


Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados naquele amor, que não conseguimos ver uma luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega.
Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo' propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.
A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate, de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.

16 comentários:

  1. Querida amiga.

    Nada a acrescentar a não ser os nossos
    sentimentos.
    O outro que parte leva tanto de nós.
    Sonhos, desejos, inspirações...
    Por isso partidas doem tanto,
    e ficam para sempre registradas
    no livro das nossas vidas.

    Que o amor tome conta de ti.

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  2. Gosto de tudo que ela escreve.Por isso temos que ficar consciêntes que o amor é nosso. Nos pertence.Adorei! Montão de bjs e abraços

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  3. Maria José.

    Por isso o tempo é muito importante. Cura ou cicatriza qualquer ferida.
    E o tempo também depende da nossa vontade para ser mais curto ou mais longo o sofrimento.

    Meu Anjo, deixo um beijo em teu coração,
    Jorge

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  4. Puxa, Maria José!!! Que coisa linda!!! Adoro a Martha, também... Ela mora pertinho da minha casa, aqui em Porto Alegre, e é comum vê-la passeando em uma praça próxima daqui de casa... Esse texto é de uma profundidade tamanha e dá para o leitor um grau de compreensão imensa sobre as coisas do coração... Mesmo sem você saber, você o publicou para mim, e conseguiu tocar profundamente meu coração...
    Que Deus te abençoe, minha amiga, e que Ele continue te iluminando sempre...
    Beijos...

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  5. vc sempre especial com seus textos que insiste em nos alegrar big beijo do gordo

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  6. Muito bom esse texto, são dois desapegos que temos que fazer.
    beijos

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  7. fazendo mal como bem .,mas ele e sempre bom,.,.O Amor

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  8. Que texto exuberante. Você consegue traduzir em palavras os sentimentos mais profundos do ser humano.

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  9. Olá querida amiga
    Não lido bem com despedidas, mas aceito.
    Com muito carinho BJS.

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  10. Maria José,
    Não ficou muito a comentar!
    É isso!
    Um beijo querida

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  11. Queridaaaaaa amei a fotinho nova, vc tá linda!
    Bem, amei o texto, mas o que posso dizer é que da última vez que sofri por amor foi tão megadilacerante que qdo percebi que já não o amava mais, foi um alívio...ufa! rs
    Beiooooooooooooooooo

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  12. Lindo texto... Sempre me encontro aqui! ;D
    bjos!

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