Vivemos um momento de dúvidas, medos e incertezas em todos os setores de nossas vidas. O vazio toma conta da maioria de nós, dia após dia. Cada vez mais estamos voltados para a vida prática, para o cumprimento de metas e nossas ambições. E cada vez mais deixamos de lado nossas emoções e sentimentos mais profundos e perdemos o contato com nossas necessidades emocionais. E o que há de mais interessante nesse processo é que nos queixamos de solidão que, diga-se de passagem, nós mesmos a estamos construindo.
Homens e mulheres chegam ao consultório queixando-se das faltas e limitações em suas vidas afetivas, da ausência de seriedade na maneira que as pessoas lidam com os relacionamentos nos dias de hoje. No entanto, quando as oportunidades aparecem, logo arrumam dificuldades e inúmeros relatos e desculpas que julgam convincentes, para afastar a possibilidade de sucesso. A oportunidade é transformada rapidamente em ameaça.
O que acontece afinal? Quais os verdadeiros motivos que afastam mais e mais as pessoas delas mesmas, de suas verdadeiras necessidades afetivas? O amor é uma realidade, e não um estado a ser alcançado, um conjunto de regras e preceitos por meio do qual podemos julgar e condenar. Todos nós possuímos padrões inerentes de afeição e isso faz parte do humano. E quando esses padrões não são bem utilizados, a capacidade de formar vínculos e relações satisfatórias se altera. As pessoas têm pouca compreensão do amor. O que temos, na verdade, é uma história preconcebida do seu significado. Na verdade o amor possui quatro estágios bem definidos: o ser cuidado, ser objeto de interesse, compartilhar-se e ser cooperativo. Quantos de nós estamos verdadeiramente dispostos a se aliar ao tempo e construir junto de outra pessoa um amor de verdade? Ser cuidado todos queremos, mas qual nossa disponibilidade para cuidar? Proporcionar calor, contato e proteção e ser objeto de interesse? Até que ponto estamos abertos para tornar o outro o nosso objeto de desejo, mas um desejo verdadeiro, importar-se verdadeiramente?
Compartilhar, o terceiro estágio, está relacionado com a vontade real de troca, de revelar os próprios estados internos de sentimentos e emoções. Esse compartilhar marca o inicio da construção da intimidade, de um mundo onde somente os dois fazem parte. É nesse momento que se estabelece o vínculo, a verdadeira intimidade.
O quarto estágio é o da cooperação, é onde começamos a fazer coisas juntos, que começamos a construir um novo núcleo, uma espécie de vida em família. Esses são estágios necessários na construção de uma vida a dois, baseada no amor. E mais uma vez a pergunta: quantos de nós estamos de fato dispostos a essa entrega?
Uma sociedade incapaz de se dar, trocar afetividade e construir bases concretas e estáveis em um relacionamento a dois, certamente caminha em direção ao fracasso pessoal.
O maior problema das pessoas é que elas tem medo de si mesmas, não se permitem ser, fazer, sentir, realizar, conquistar, desejar e simplesmente amar, é tão mais fácil é só querer sentir e viver para conquistar, paz.
ResponderExcluirAssusta pelo fato de as pessoas não saberem, ou terem sentido, seu real significado...
ResponderExcluir;)
Penso que por insegurança emocional. A entrega assusta por medo de amar, medo de sofrer, medo da não retribuição, medo do compromisso, medos...
ResponderExcluirÓtima escolha do post, alma linda.
Um afetuoso abraço e um fds de paz.
Amar da trabalho e as vezes doi muito, mas vale a pena.
ResponderExcluirbeijo
Muito profundo o texto. Acho sublime o amor compartilhado com respeito ao outro, mas principalmente, onde cada um também já aprendeu a se amar,mas penso também que ter alguém ou estar só, pode ser opção de vida, perde-se o complemento que o outro proporciona, em troca de liberdade, ou simplesmente estar consigo e bem.
ResponderExcluirEu acho isto possível.
Tem um selinho pra ti lá no blog.
Beijos
Ah! O amor!
ResponderExcluirCantado em verso e prosa, mas tão mal entendido e é tão facil decifrá-lo, é só escutar o que o coração dita.
Meus aplausos.
Beijos da Flor!
Há um tempo em que é preciso
ResponderExcluirabandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos
Fernando Pessoa
Te desejo um lindo domingo com muito amor e carinho
Abraços
Minha querida, amar é maravilhoso !
ResponderExcluirO fator entrega poderá estar intimamente ligado a outros sentimentos, como o medo das decepções e sofrimentos associados.
Mas é sempre muito bom amar e arriscar. Viver um grande amor é sublime, tanto quanto a tomada de decisões necessárias, quando a chama deste amor vier um dia a se apagar.
Mas a vida está aí para ser realmente vivida, e sempre há chances para recomeços.
Belíssimo texto, como sempre.
Um belo domingo, de muita harmonia, paz e amor.
Beijos
Querida amiga.
ResponderExcluirPenso que o amor é um aprendizado.
Assim é preciso vontade de aprendê-lo, e para aprendê-lo é preciso abrir o coração.
A competição diária e a vontade do sucesso profissional, nos solidificam o coração e assim o amor que precisa ser construído em parceria, morre um pouco a cada dia.
Fim de semana de estrelas para ti.
Hola Maria José,
ResponderExcluirUn precioso texto que encierre en si mismo una gran verdad.
Totalmente de acuerdo contigo.
Cada vez somos más frios, más lejanos, menos humanos....
Besos.
Fer
Maria José,
ResponderExcluir1- Temos medo de ser feliz pois não queremos sofrer;
2- Falta-nos confiança em nós mesmos.
3- Queremos mudar o companheiro(a) e não a nós,
4- Não sabemos compartilhar pois somos egoistas;
5- Queremos ser compreendidos e não compreender;
6- Queremos que o outro nos faça feliz;
7- Acreditamos que o Amor acaba quando ela se transforma;
8- Sem o auto-conhecimento, auto-aceitação e auto-valorização é difícil sentir-se feliz num relacionamento. Naturalmente o objetivo não é o mais importante e sim o caminho para tanto. Se pode a dois, melhor. Significa olhar juntos na mesma direção.
Meu anjo, tenha uma semana repleta de alegrias e realizações.
Beijo,
Jorge
Oi Maria José,
ResponderExcluirO Blog do Dr. Inácio é:
http://inacioferreira-baccelli.zip.net , se voce não conseguir acessar, entra no blog Vila das Amigas e veja o endereço.
Um ótimo domingo para voce.
O mal nunca está no amor ...
ResponderExcluirBeijo.
O texto é profundo, cheio de questionamentos e lindo!
ResponderExcluirO amor para cada um é vivido de uma forma,de acordo com suas vivências e crenças. Não há uma fórmula;há escolhas,só nos resta vivê-lo para aprendermos a melhorar o que somos,nos amarmos mais, para escolhermos sempre melhor a quem dar o nosso amor.Adorei! bjão
Uau! Que consulta e que aula esse post, nossa esse é um assunto com tantas nuances..enfim...eu confesso que no momento ando com uma preguiça das mesmices que eu sempre escolho, mesmo que seja inconsciente, e dos fracassos que coleciono...receio de me machucar mais e mais novamente...enfim, não desisti não,não é isso, só tô, no momento, com uma preguiiiiiça...rsrs
ResponderExcluirBeijinhos e tenha uma linda semana.
She.
OLÁ QUERIDA AMIGA
ResponderExcluirDeve ser porque estamos sempre desconfiados, seria mais facil acreditar, mas tempos modernos nos levam para o oposto.
Eu acredito plenamente no amor sem ele não dá para viver, só me assusto com o desamor.
Com muito carinho BJS.
O que hoje está ocupado, um dia esteve vazio e só...
ResponderExcluirUm ventre
Uma casa
Um vaso
Uma mente
Um copo
Uma cama
Uma semente...
E, o que um dia esteve vazio e só, hoje, agora, neste momento, está ocupado...
Uma criança
Uma planta
Uma ideia
Uma esperança...
Maria José, muito bacana seu blog. Voltarei!
Abraço da Luciana
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