O que torna um relacionamento inteiro, consistente, e o que faz com que ele desmorone, mesmo às vezes existindo amor? Existência ou a falta de Amor Próprio! Auto-estima comprometida. Perda de valores. Dar poder ao outro. Poder de "me" realizar, de "me" fazer feliz, de "me" sustentar, de "me" amar. E vai poder na mão do outro... ou vem poder do outro na nossa mão, sob nossa responsabilidade. Isso não dá a impressão de uma batata quente? Vai chegar o momento, na melhor das hipóteses, em que cada um vai ter que cuidar da sua "batata" e nem sempre essa troca, essa devolução e recuperação das responsabilidades, essa retomada de poder, esse resgate da auto-estima, essa volta ao próprio eixo, são feitos de forma consciente. Na maioria das vezes a troca de papéis e a dependência da energia do outro estão enraizados de tal maneira que somente uma ruptura é capaz de curar isso. E aí entra a dura realidade, se não for pelo amor, será pela dor. Nenhum Amor resiste à falta de amor-próprio. Esse Amor a que me refiro, esse Amor compartilhado, não se limita apenas a relacionamentos de amantes, mas a toda e qualquer forma de relacionamento em nossas vidas, sejam profissionais, familiares, de amizades, enfim...Quando não assumimos nossa força, a responsabilidade pela nossa vida, nossas escolhas, nossos prazeres, nossos quereres, nossos sonhos, encontramos alguém em nosso caminho e delegamos a essa pessoa o "nosso projeto"... e o que acontece quando esse alguém aceita encarar essa empreitada? Vai abandonar o seu próprio "projeto" para realizar "com amor" o projeto de vida do parceiro. Aliás, a propósito, o que vemos com esmagadora frequência, pela cultura de um patriarcado tão acentuado e prolongado, é a mulher abrindo mão de seu projeto em função do homem - desse ponto, poderia partir para uma quase que inesgotável temática... O que isso pode gerar? Qual a sensação que essa imagem traz? Abuso, frustração, perda de energia, desrespeito... perda de tesão... no parceiro(a), na VIDA!
Mas o que é amor-próprio? O nome já diz, mas muitas pessoas se acham capazes de amar o outro em detrimento de si, como se isso fosse possível. Uma hora vai chegar a carta de cobrança, com tudo listado, item por item, com muita amargura, muita raiva, muita mágoa... é inevitável. Na dependência e co-dependência, o que vemos são pessoas com dificuldades de aceitar suas "diferenças", se unindo na ilusão de que "um completa o outro". São como duas pessoas, cada uma com uma perna só, apoiando-se na outra e tentando caminhar... por mais que pareçam estar se apoiando mutuamente, na verdade cada um está na esperança que o outro o carregue. Cada um tem o seu ritmo, cada um vai dar seu passo no momento que lhe for mais conveniente. É muito cansativo, muito desgastante.
"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar. Não ande na minha frente, talvez eu não queira seguí-lo. Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos." Provérbio UteA cura é se apoiar em si próprio, enfrentar suas dificuldades e limitações, resgatar o poder de ser quem é, a responsabilidade pelos sonhos, resgatar esses sonhos que ficaram lá atrás, esquecidos, enfrentar a realidade que criamos, sem culpa, sem drama, sem deixar que a vítima se faça presente. A cura é brilhar, se tornar uma estrela com brilho próprio, despertar a própria luz. A cura é encontrarmos, com o apoio dessa luz, aquilo que foi para as "sombras", o que foi rejeitado, negado, nossos medos, nossas ilusões. A cura é entrar naquele lugar escuro, onde guardamos ou - será? - esquecemos, tudo o que não serve mais, fazer uma faxina na nossa mente e coração, deixar ir velhos conceitos, velhas crenças... remexer o baú, recuperar jóias esquecidas, mas também saber que irá encontrar poeira, teias, cheiros desagradáveis ... A cura é pedir ajuda... A cura é voltar ao seu próprio centro, a sua realização, à criação. Voltar para o Mundo, estar presente, ter energia própria, fazer a diferença. Criar... criar ...criar...
Para quem conhece o caminho do tarot, essa é a seqüência de cartas que vai da torre - a descida, a quebra, a derrocada, a força capaz de gerar mudanças - até a reconquista do mundo, o resgate da inocência. Isso é Poder. Isso é amor-próprio.
Aiai...relacionamento em todos os sentidos, o bicho homem consegue complicar tudo num é mesmo???
ResponderExcluirNunca gostei daquele dizer q sendo uma homem ou mulher em uma relação haveria que um ceder 50 % da relação e o outro 50%, pra que uma relação desse certo......ceder.....ceder o q???....as cobranças, passar o recibo vem lá na frente sim, isto é mais do q real.
E viva o diálogo, só precisa ser posto em prática em todas as situações e os resultados aparecem, mas o dialogo franco, aberto, transparente, e este dialogo não é só aquele que deve de se ter com o outro mas também consigo mesmo.
*Lindona td de bom pra ti.
Bons sonhos^^
Bjss no ♥ e obg por compartilhar sempre reflexões tão engrandecedoras
Obrigada a você, Teresa, por estar sempre dizendo algo de produtivo e belo no meu blog. Também concordo com voê. Nada melhor que um diálogo franco e honesto com o outro. Mas devemos, primeiro, sermos honestos conosco. Porque ninguém pode dar aquilo que não tem. Beijos.
ResponderExcluirOlá querida, fiquei feliz ao ver meu texto postado em seu blog...
ResponderExcluirBjos