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sábado, 27 de junho de 2009

O AMOR


Se eu não tivesse amor, nada seria.
E, tendo amor, tudo entrego e nada sou.
O amor, de tão nobre, nos torna humildes.
Possuindo-nos, possui também nossas forças, nossas vontades, nos deixa à mercê do outro e dos seus desejos.
Ele nos escraviza, sem que por isso nos sintamos cativos e tenhamos desejos de liberdade.
É uma prisão voluntária.
Ele nos limita e nos deixa ilimitados.
O riso do outro pode ser nossa felicidade, bem como sua lágrima pode ser nossa tristeza.
A pessoa amada pode tocar nossa alma a qualquer momento e nós mesmos, sem reservas, deixamos a porta aberta.
Quando o amor torna-se a razão da nossa vida, a falta dele torna-se também a não razão dela.
Tão grandes e tão pequenos somos quando amamos alguém!
Já nem sei quem sou, se não somos dois.
Se não somos dois, não sou ninguém.
Hei de morrer de amor, se de amor não posso viver.
O amor nos mói, nos transforma. De tanto doer, nos ensina a resignação, a aceitação.
É uma sublime porta por onde entramos e deixamos na entrada nossas defesas.
Mas ainda assim nos faz sentir fortes o bastante para enfrentar o mundo.
Somos condenados e agraciados ao mesmo tempo.
O amor não tem razão, não tem explicação e nem definição. É tudo por tudo.
Quem amou uma vez, amará ainda. E chorará. E rirá. E dará graças por essa aura que o torna diferente aos olhos do mundo.
O amor é sublime e sublima.
Não mais palavras... se o amor sem falar, já diz tudo...

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