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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O VALOR DAS PEQUENAS GRANDES COISAS

Nós, seres humanos, temos um coração incansável. Nunca temos o suficiente; nunca somos felizes o bastante. Pensamos na vida como uma fonte inesgotável e nos tornamos cada vez mais insaciáveis. Quanto mais temos, quanto mais tiramos desse poço, mais pedimos. E então, vamo-nos esquecendo do que temos. Pequenas coisas que possuímos e que nos tornam pessoas ricas.
Se temos um teto, somos ricos; se temos uma família, somos ricos; se podemos fazer pelo menos uma refeição completa por dia, somos ricos; se podemos respirar normalmente, somos ricos. Se temos saúde, somos ricos; se temos amigos, também somos ricos.
Temos braços, pernas, podemos andar, rir e cantar, somos ricos. Somos ricos de pequenos pedacinhos de felicidade que vão acomodando dentro da gente de tal forma que acabamo-nos esquecendo de pensar neles. As coisas que se tornam ‘naturais’ na nossa vida diminuem de valor. E só percebemos isso no dia em que deixamos de ter, ou corremos o risco de perder.

A vida é preciosa demais! Infelizmente, costumamos comparar nossa vida com a daqueles que possuem mais que a gene. Mas compare com quem tem menos. Assista uma reportagem na TV onde vêm-se pessoas que não têm o que comer, ou vivem (independentemente delas) no meio de guerras, ou não têm saúde, nem medicamentos.
Pergunte a uma pessoa cega quanto ela daria para ter a oportunidade de apreciar uma flor ou o infinito do mar; pergunte a um condenado quanto vale um minuto de vida; pergunte a um presidiário qual o valor da liberdade; pergunte a quem perdeu uma perna quanto vale ter duas.
Sim, somos pessoas ricas de coisas pequeninas que, juntas formam nosso tesouro. São nossas pequenas grandes coisas. Pra que buscar cada vez mais se não sabemos apreciar, no seu valor justo, o que já possuímos?
É assim que encontramos resposta para muitas coisas que nos acontecem.
Deus é tão maravilhoso que muitas vezes, permite que alguma coisa nos aconteça para que aprendamos a apreciar o que já possuímos gratuitamente.
Por isso, enfrentamos algumas dificuldades de vez em quando. Por isso, ficamos doentes, perdemos isso ou aquilo. Só mesmo para darmos valor ao que possuímos.
Deus não quer pessoas feito crianças mimadas, que nunca estão satisfeitas e nunca estarão. Deus quer pessoas equilibradas, que sabem reconhecer o bem que possuem e fazem proveito disso. É isso o que chamamos felicidade. A felicidade não é utopia, não é para o futuro ou para quando tivermos isso ou aquilo.
Felicidade é olhar para dentro de si mesmo, fazer um ‘check-up’ da própria vida e se contentar com os maravilhosos presentes que recebemos um dia e que não soubemos agradecer. E sentir-se saciado.
Se você ainda acha que tem pouco, pense na possibilidade de trocar de vida com quem tem menos. Reflita... e depois agradeça a Deus por ter feito de você uma pessoa tão rica de pedacinhos de felicidade.

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