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quarta-feira, 1 de abril de 2009

LIVRE ARBÍTRIO


Você já ouviu, alguma vez, falar de livre-arbítrio?
Livre-arbítrio quer dizer livre escolha, livre opção.
Em todas as situações da vida, sempre temos duas ou mais possibilidades para escolher. E a cada momento a vida nos exige decisão.
Sempre temos que optar entre uma ou outra atitude.
Desde que abrimos os olhos, pela manhã, estamos optando entre uma atitude ou outra.
Ao ouvir o despertador podemos escolher entre abrir a boca para lamentar por não ser nosso dia de folga ou para agradecer por mais um dia de oportunidades.
Ao encontrarmos o nosso familiar que acaba de se levantar, podemos escolher entre resmungar qualquer coisa, ficar calado, ou desejar, do fundo da alma, um bom dia.
Quando chegamos ao local de trabalho, podemos optar entre ficar de bem com todos ou buscar o isolamento, ou, ainda, contaminar o ambiente com mau humor.
Conta um médico que trata de pacientes com câncer, que as atitudes das pessoas variam muito, mesmo em situações parecidas.
Diz ele que duas de suas pacientes, quase da mesma idade, tiveram que tirar um seio por causa da doença.
Uma delas ficou feliz por continuar viva e poder brincar com os netos, a outra optou por lamentar pelo seio que havia perdido, embora também tivesse os netos para curtir.
Quando alguém o ofende, você pode escolher entre revidar, calar-se ou oferecer o tratamento oposto.
A decisão sempre é sua.
O que vale ressaltar é que todas as ações terão uma reação correspondente, como conseqüência. E essa reação é de nossa total responsabilidade.
E isso deve ser ensinado aos filhos desde cedo. Caso a criança escolha agredir seu colega e leve uns arranhões, deverá saber que isso é resultado da sua ação e, por conseguinte, de sua inteira responsabilidade.
Tudo na vida está sujeito à lei de causa e efeito, para uma ação positiva, um efeito positivo, para uma ação infeliz, o resultado correspondente.
Se você chega ao trabalho bem humorado, alegre, radiante, e encontra seu colega de mau humor, você pode decidir entre sintonizar na faixa dele ou fazer com que ele sintonize na sua.
Você tem ainda outra possibilidade e escolha: ficar na sua. Todavia, da sua escolha dependerá o resto do dia. E os resultados lhe pertencem.
A semeadura é livre, mas a colheita obrigatória.
Pois bem, nós estamos semeando e colhendo o tempo todo. Se semearmos sementes de flores, colheremos flores, se plantarmos espinheiros, colheremos espinhos.
Não há outra saída. Mas o que importa, mesmo, é saber que a opção é nossa. Somos livres para escolher, antes de semear.
Aí é que está a justiça da vida.
Mesmo as semeaduras que demoram bastante tempo para germinar, um dia darão seus frutos.
São aqueles atos praticados no anonimato, na surdina, que aparentemente ficam impunes.
Um dia, ainda que seja numa existência futura, eles aparecerão e reclamarão colheita.
Igualmente os atos de renúncia, de tolerância, de benevolência, que tantas vezes parecem não dar resultados, um dia florescerão e darão bons frutos e perfume.
É só dar tempo ao tempo...
Os resultados aparecerão na hora e tempo certo.
Se ainda não floresceram é porque ainda não chegou a hora !

2 comentários:

  1. Livre arbítrio é uma ilusão, quando procuramos por nós, e encontramos uma população enorme comandando nossas atitudes e escolhas. Ser humano é saber que temos sombra e luz. À medida que nos conhecemos podemos escolher dar força para a sombra ou para a luz. A causa e o efeito são processos, não vetores instanques. Quem nos pune somos nós mesmos, à medida que desenvolvemos a autoconsciência. Também não precisamos nos punir, apenas nos modificar. Somos responsáveis pelo que fazemos com o que ainda vamos viver, porque o passado não se muda.A culpa aprisiona. O caminho do desapego liberta.Enfim....somos um processo contínuo de morte e renascimento e transformação. Hoje humanos, amanhã pó, ou energia....ou até mesmo estrelas.

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  2. Concordo plenamente com você, Amrita Paki e acrescento que se não podemos mexer no passado, devemos alterar o presente, para termos futuros mais felizes.
    Grata pelo belo comentário.

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