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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

VOCÊ AMA DEMAIS?



Estou certo de que todos, ao lerem o título, dirão que sim. Que amam, que se entregam de corpo e alma. E é disso que falo: o cuidado que devemos ter no amor.
Amar, decerto, é compromisso, entrega, mas não podemos ultrapassar os limites do ser amado, nem deixar que ele ultrapasse os nossos. No relacionamento saudável, há uma troca, um compartilhamento, uma cumplicidade feliz. Cada um é cada um. Não existe "metade da laranja", nem "alma gêmea".
No amor maduro e real, não há duas metades se relacionando, mas duas pessoas, com suas próprias idéias, gostos e personalidades. Dois seres distintos que se unem por prazer e escolha. Não há sofrimento.
Para saber se você está vivendo um amor de verdade, basta sentir seu coração, sua alma. Você está feliz? Não? Então, não está amando nem sendo amado. Você vive os dias pensando no ser amado? Espera com, ansiedade o telefone tocar? Conta os minutos para o próximo encontro? Isso não é amor. É dependência, e faz sofrer muito.
O amor de verdade é sereno, faz bem à alma. Quando você ama de fato, não esquece seus amigos, seus hobbies ou o seu trabalho. Tudo é compartimentado, tem seu lugar na sua vida. Você se nutre um pouco de tudo e seu companheiro ou companheira vem acrescentar. Você o(a) escolheu, mas não precisa dele(a).
Precisar não é amar. Canções nos incutiram por décadas a idéia de que amar é sofrer, chorar, sentir saudades e ciúmes. Essa visão não condiz com o verdadeiro amor e sim, com a falsa idéia do que é amor. Traduzindo, trata-se de dependência, e esta é um vício, uma doença a ser devidamente tratada.
Há que se atentar para outro detalhe muito importante: você é correspondida(o)? Recebe carinho, atenção, respeito, admiração na mesma intensidade? Ou seu amor é do tipo desligado, sempre ocupado para você? Se for assim, cuidado. Você está entrando em terreno perigoso e devastador. Querer quem não nos quer é sofrimento certo, perda de um tempo precioso. E nem pense em mudar seu amado(a) se tem esta intenção, vai sofrer uma grande frustração. Provavelmente você vem de uma família na qual cresceu uma criança ávida pelo amor do pai ou da mãe. Ou ainda, sofreu abusos ou repressão, trazendo dentro de si uma criança assustada e triste.
Portanto, preste muita atenção: se amar para você é uma escolha, está no caminho certo. Mas se você precisa de alguém para amar, alguma coisa está fora do lugar. O melhor "norte" para seu caminho é o autoconhecimento. Entretanto, se você está confusa(o) e já não sabe mais se ama ou se precisa, se está apaixonada(o) ou dependente, misturando tudo no caldeirão de suas emoções, é hora de procurar ajuda, pois você tem o direito e o dever de ser feliz. Não dependa.

Enviado por Rosani Gomes do blog Fragmentos de Uma Alma Perfumada (
http://rosani22.blogspot.com/)

Fonte:
http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=7985

9 comentários:

Beto72 disse...

Olá Maria José

A verdade é que a nossa sociedade cria uma imagem de amor muito romântica, como Romeu e Julieta. Uma imagem de total entrega e submissão um ao outro, e principalmente, da mulher ao homem.
A realidade não é assim. O amor maduro respeita a individualidade de cada um, não é submissão nem entraga total.
Aliás esse é o segredo de um relacionamento duradouro, além do amor, respeito a individualidade e aos limites de cada um. Isso por sí só é uma prova não só da maturidade, mas também de amor.;
Um abraço

Bloguinho da Zizi disse...

Maria José
Eu fui criada para casar, quer coisa mais dependente do que isso?
Mas isso é criação dos anos 50, 60, não é?
Não é não!!
Ouço coisas nos meus atendimentos que me deixam arrepiada rsrsrs.
Elas buscando alguém pra depender.
Financeira, emocionalmente, todo o pacote.E com isso, claro vem o sofrimento.
O texto é perfeito.
Também não acredito em metade da laranja, tampa pra panela ou alma gêmea.
Acredito em afinidades, cumplicidades.
Claro que sempre fica uma dependenciazinha, mas estamos aprendendo.

beijinhos

Anônimo disse...

MARIA JOSÉ: O título do post é uma pergunta bastante dificil para mts responderem. Várias são as necessidades ou situações. Ainda bem que no nosso caso, há compartilhamento, cumplicidade e respeito às individualidades, não é msm, amor? Roy Lacerda.

Maria Adeladia disse...

Bem, temos que amar no limite!
Nada ultrapassando limites é saudável.

Apesar que, antes de amarmos outros, temos que amarmos à nós mesmos.

Abraços, amiga.

Crista disse...

Já amei DEMAIS...é uma porcaria...quando vi para onde não levava tanto amor...chutei pro alto...
Hoje posso falar em bom tom:Sou feliz amando do jeito que amo e tenho certeza de que meus amados se sentem felizes também...APRENDI,viu como é bom????

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Maria José queriiiida!
Olá!
Boa noite pra você!!!
"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas."
(Goethe)
Eu acrescento: todos os dias deveríamos visitar um blog de qualidade como esse!
Beijocas, muitas!
Sônia Silvino's Blogs
Vários temas & um só coração!
*Blogueira entrevistada no blog Patchwork nesta semana: Maysha!
Confira!

Unknown disse...

Amar é descobrirmos a nossa riqueza fora de nós ...

Abraço.

Anônimo disse...

Venho de um casamento de quase 9 anos e que terminou por traição. Depois disso, cai em vários relacionamentos desastrosos (se é que posso dizer relacionamentos), que não passaram de 3 meses cada um...Sou daquelas pessoas que amam demais, masi do que a mim mesma..Sofro muito com isso, pois a cada término é um sofrimento só.. Queria saber se há tratamento, pois vejo que estou cada vez mais dependente, sempre precisando de alguém em vista para me sentir bem, o que me torma vulnerável. É isso, um abraço a .todos

Anônimo disse...

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